terça-feira, 23 de novembro de 2010
domingo, 21 de novembro de 2010
Manaus - AM

Tem lugares que a gente nunca pensa que um dia vai visitar, e pra mim Manaus sempre foi assim. Eh verdade, claro, que a idéia de fazer o trajeto Belém-Manaus de navio foi algo que estavamos pensando e repensando desde que a viagem começou, mas não tinhamos certeza de que conseguiriamos mesmo. Enfim, chegamos aqui no ultimo dia 15 e ainda estamos tentando entender Manaus.
Embora quase todos os outros lugares que passamos sofram de problemas bem parecidos (falta de saneamento basico, um calor danado, péssimos serviços, etc) não da pra negar que Manaus é singular: aqui tomate tem preço de ouro, a chuva diaria nao aplaca o calor, falta agua tratada justamente na Amazonia, maior reservatorio de agua do mundo, e, principalmente, nao se reclama de nada NUNCA por aqui.
Não que o silencio seja uma postura zen-budista de aceitação, mas as pessoas nao parecem perceber que os seus direitos estão sendo vilipendiados e não se acham, de forma geral, dignas de poderem reclamar. Coisa de auto-estima sociocultural destruida, nem Freud nem Marilena Chaui dão conta daqui, o amazonense é por demais resignado. Devo confessar que, se as madeireiras soubessem disso, esse seria o lugar perfeito para... Epa, perai, tarde demais!!!


sábado, 16 de outubro de 2010
Palmas - TO
Tudo o que posso dizer, como carioca acostumada com invariáveis 40°, é que nunca vi coisa assim. Palmas ferve, ferve e ferve. Atravessar Palmas ao meio-dia é como andar na superfície do sol.
A ideia de represar o Rio Tocantins foi uma das coisas mais estúpidas e danosas à população e ao meio ambiente que já tive notícia: no meio de um mini-deserto pra lá de caliente, resolveram inventar um meio de torná-lo ainda mais quente e fazer toda aquela água captar e refletir mais calor. Provavelmente quem fez isso mora numa bolha de ar-condicionado bem longe daqui.
Mas Palmas é dee certa forma adorável: do ladinho de Taquaruçu, ou seja, plano perfeito para nós, Os Caçadores de Cachoeiras! Taquaruçu tem mais de 80 cachoeiras catalogadas, e é cheio de pessoas maneiras e hospitaleiras.
Teve uma cachoeira (Vale do Vai-quem-quer) que fomos passar uma noite e acabamos ficando três dias, com a agradabilíssima companhia do Seu Judson, que nos mostrou cada segredo do seu vasto recanto. Lá também pegamos nossa primeira chuva depois de muitos meses de seca absoluta. Foi refrescante e arrebatador ver a força das águas, um presente para o Tocantins em Chamas que conhecemos (a situação das queimadas no estado é preocupante, em número e em extensão. Aqui as queimadas também tem conotação política e social, mas isso é papo pra outro post).
Câmbio final, hasta la vista!
A ideia de represar o Rio Tocantins foi uma das coisas mais estúpidas e danosas à população e ao meio ambiente que já tive notícia: no meio de um mini-deserto pra lá de caliente, resolveram inventar um meio de torná-lo ainda mais quente e fazer toda aquela água captar e refletir mais calor. Provavelmente quem fez isso mora numa bolha de ar-condicionado bem longe daqui.
Mas Palmas é dee certa forma adorável: do ladinho de Taquaruçu, ou seja, plano perfeito para nós, Os Caçadores de Cachoeiras! Taquaruçu tem mais de 80 cachoeiras catalogadas, e é cheio de pessoas maneiras e hospitaleiras.
Teve uma cachoeira (Vale do Vai-quem-quer) que fomos passar uma noite e acabamos ficando três dias, com a agradabilíssima companhia do Seu Judson, que nos mostrou cada segredo do seu vasto recanto. Lá também pegamos nossa primeira chuva depois de muitos meses de seca absoluta. Foi refrescante e arrebatador ver a força das águas, um presente para o Tocantins em Chamas que conhecemos (a situação das queimadas no estado é preocupante, em número e em extensão. Aqui as queimadas também tem conotação política e social, mas isso é papo pra outro post).
Câmbio final, hasta la vista!
O tempo voa!
Já estamos em 16 de outubro, o Projeto Blog Atualizado já foi para as cucuias há muito tempo mas ainda existe a esperança de conseguirmos "colocar a vida em dia", como diz o Wander.
Desde que saímos da Chapada dos Veadeiros muita coisa já rolou... Resumo da ópera:
ainda próximo da Chapada passamos uma semana de muita prosa e tradição num festejo da comunidade quilombola kalunga no Vão de Almas (local inacessível e charmosíssimo), voltamos pra Brasília, visitamos Terra Ronca (GO) e suas cavernas maravilhosas, conhecemos o Menor Rio do Mundo em toda sua mini-magnitude azulada (Povoado dos Azuis, TO), fomos de passagem em alguns lugares onde, ou não rolou um "clima" ou fatores externos não nos permitiram conhecer (Lagoa da Confusão e Peixe - TO), nos jogamos total no Jalapão e seus cenários exóticos de areias, cachoeiras e fervedouros, vivenciamos total deleite antropológico com os índios na XVIII Feira Krahô de Sementes Tradicionais em Itacajá (TO), esticamos a viagem até o Maranhão (!!!) para conhecer os encantos e as águas de Carolina e Riachão na Chapada das Mesas, voltamos pra Palmas pra dar um tapa no carro e conhecer mais cachoeiras em Taquaruçu, e...
Bem, depois de alguns dias vamos rumo ao Pará. Ainda não decidimos se vamos de Belém ou Santarém, se vai rolar a viagem de barco pra Manaus, etc etc. Mas isso a gente decide no caminho, normalmente em cima da hora e meio por acaso: a estrada definitivamente nos faz pensar melhor e nos apresenta oportunidades e possibilidades mil. Quem sabe onde vamos parar?
O fato é que, pra variar, estamos passando muito mais tempo que o previsto em certos lugares e no caminho vamos conhecendo lugares e pessoas absolutamente inesperados e incriveis. O melhor da viagem é o caminho que nós fazemos, certo?
Desde que saímos da Chapada dos Veadeiros muita coisa já rolou... Resumo da ópera:
ainda próximo da Chapada passamos uma semana de muita prosa e tradição num festejo da comunidade quilombola kalunga no Vão de Almas (local inacessível e charmosíssimo), voltamos pra Brasília, visitamos Terra Ronca (GO) e suas cavernas maravilhosas, conhecemos o Menor Rio do Mundo em toda sua mini-magnitude azulada (Povoado dos Azuis, TO), fomos de passagem em alguns lugares onde, ou não rolou um "clima" ou fatores externos não nos permitiram conhecer (Lagoa da Confusão e Peixe - TO), nos jogamos total no Jalapão e seus cenários exóticos de areias, cachoeiras e fervedouros, vivenciamos total deleite antropológico com os índios na XVIII Feira Krahô de Sementes Tradicionais em Itacajá (TO), esticamos a viagem até o Maranhão (!!!) para conhecer os encantos e as águas de Carolina e Riachão na Chapada das Mesas, voltamos pra Palmas pra dar um tapa no carro e conhecer mais cachoeiras em Taquaruçu, e...
Bem, depois de alguns dias vamos rumo ao Pará. Ainda não decidimos se vamos de Belém ou Santarém, se vai rolar a viagem de barco pra Manaus, etc etc. Mas isso a gente decide no caminho, normalmente em cima da hora e meio por acaso: a estrada definitivamente nos faz pensar melhor e nos apresenta oportunidades e possibilidades mil. Quem sabe onde vamos parar?
O fato é que, pra variar, estamos passando muito mais tempo que o previsto em certos lugares e no caminho vamos conhecendo lugares e pessoas absolutamente inesperados e incriveis. O melhor da viagem é o caminho que nós fazemos, certo?
terça-feira, 7 de setembro de 2010
Alô, Terra!
Pois é, atualizacoes cada vez mais dificeis, em parte porque estamos bem desconectados do mundo mesmo... E tem também aquela preguiiiiça... Nesses dois meses que passaram muita coisa rolou e descobrimos que existe todo um mundo que o Google ainda não sabe explicar. Como passamos muito tempo ocupados em viajar, vou começar postando as fotos de julho mas, na verdade, agora estamos no Tocantins (e ja é setembro!!!).
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
Cavalcante/GO - Cachoeira Veredas e Véu de Noiva
domingo, 1 de agosto de 2010
sábado, 31 de julho de 2010
quinta-feira, 29 de julho de 2010
quarta-feira, 28 de julho de 2010
Cavalcante/GO
Chegamos em Cavalcante ja no finalzinho de julho, procurando um sossego daquela ferveção que tava São Jorge. Claro que um agito é bom, mas cachoeira lotada não... Cavalcante nunca esteve no roteiro (quer dizer, se houvesse um roteiro), mas ouvimos falar bem de la e fomos conhecer. Nada como descobrir um lugar novo, não?
Para o bem ou para o mal, Cavalcante tem um turismo muito mal desenvolvido. Encontrar informações também não é muito facil pra quem chega desavisado, e o melhor da festa ninguém vai te contar. Talvez esse seja um dos motivos que levam o turista aventureiro a passar mais tempo em Cavalcante - é o tipo de lugar que vale a pena conhecer, e a unica maneira de se fazer isso é metendo a cara, explorando, conversando com todos que você puder e ponderando tudo o que lhe dizem. Acho que Cavalcante inventou o turismo intuitivo.
Para o bem ou para o mal, Cavalcante tem um turismo muito mal desenvolvido. Encontrar informações também não é muito facil pra quem chega desavisado, e o melhor da festa ninguém vai te contar. Talvez esse seja um dos motivos que levam o turista aventureiro a passar mais tempo em Cavalcante - é o tipo de lugar que vale a pena conhecer, e a unica maneira de se fazer isso é metendo a cara, explorando, conversando com todos que você puder e ponderando tudo o que lhe dizem. Acho que Cavalcante inventou o turismo intuitivo.

segunda-feira, 26 de julho de 2010
Por do sol na Mandala (Sao Jorge/GO)
Vale da Lua (Sao Jorge/GO)
Logo que chegamos, o vale da lua estava fechado por problemas judiciais. Parece que alguém morreu la de bobeira (vamos combinar que beber e andar em precipicios nunca foi uma boa ideia) e o local andou um tempo fechado para visitação.
Dias depois abriu e tivemos a chance de conhecer esse cenario incrivel, onde as pedras parecem brincar de construir paisagens.
No meio das pedras tem uns poços que faz a gente pensar naquela agua batendo ali milhares de anos ate esculpir aquilo tudo
Dizem que la parece a lua, mas ai eu teria que conhecer os dois pra saber. Acho que se um dia eu for pra lua, vou dizer que ela parece um lugar que conheci na chapada...


Dias depois abriu e tivemos a chance de conhecer esse cenario incrivel, onde as pedras parecem brincar de construir paisagens.
No meio das pedras tem uns poços que faz a gente pensar naquela agua batendo ali milhares de anos ate esculpir aquilo tudo



domingo, 25 de julho de 2010
Por do sol na torre (Sao Jorge - GO)







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